Os ciberataques aumentaram durante os dois últimos anos de pandemia, aproveitando o boom do teletrabalho e do uso de redes virtuais, cloud e outros sistemas. Também no processamento salarial, a informação disponível é sensível e confidencial e, se os sistemas não forem seguros e protegidos, poderão ficar em risco.
A nível prático, existem casos de «roubo de identidade» com os recibos de vencimento, através do acesso a dados pessoais de sessões iniciadas em forma não segura. Este “roubo” facilitado pelo acesso ao recibo de ordenado, pode permitir a um hacker efetuar um pedido de empréstimo pessoal em seu nome, mostrando um recibo de outrem como garantia de poder pagá-lo. Estranho e surpreendente, mas real.
A Seresco, empresa especialista em processamento salarial, que processa cerca de 3 milhões de recibos salariais por ano, tem advertido para este risco e para algumas regras que as empresas devem garantir cumprir para minimizarem os seus riscos.
A especialista vai mais além e sublinha a extrema Importância de se ter uma boa política de proteção contra ciberataques. De igual forma, proteger o acesso à informação pelos utilizadores assim como ter uma gestão de identidade, se possível com um duplo fator de autenticação são hoje essenciais. Já assistimos alguns serviços online, sejam de e-mail, seja da banca ou outros sectores, a efetuar esta confirmação de duplo fator.
Para a Seresco, igualmente fundamental é manter os sistemas de software atualizados, encriptar os dados das comunicações internas e externas e as trocas de ficheiros; e realizar scans para identificar vulnerabilidades que permitam identificar falhas.
A sensibilização nunca é demais e as empresas devem, por isso, manter-se alertas para podermos identificar situações estranhas, bem como proteger-nos contra este tipo de intrusão, que pode causar uma grande perturbação, bem como um grande problema económico e de prestígio.